segunda-feira, 5 de setembro de 2016

MINHAS MEMÓRIAS - V - Vivendo intensamente cada momento...


Uma das coisas que marca meu ser é viver cada momento como se fosse o primeiro e último de minha vida. Isso sem me descuidar da certeza de que meu presente com o que trago do passado está construindo meu futuro. Além do que, o hoje de minha vida será passado em questão de segundos...
Revendo minha “linha do tempo”, gosto de recordar. Tanto porquê, dizem por aí que “recordar é viver”. E, pode ter certeza, eu sobrevivo, mas também vivo!

Através de fotos, da bagagem que trago na memória e do pensamento, viajo no tempo percorro caminhos antes percorridos, muitos deles com riqueza de detalhes; revivo acontecimentos, às vezes chego até a ter sensações de perigos, sentir um pequeno “frio na coluna”... “Revejo” lugares, amigos presentes, distantes, que se foram... É um sentimento de alegria e paz que motiva minha alma.
Não perco tempo com lamentações no que diz respeito às recordações negativas. Quando elas me “vem”, apenas procuro aproveitar para tirar lições de vida.

Num desses momentos de “recordar e viver”, deparei-me com uma foto que tirei em meados de 1976 no Jardim Botânico em São Paulo. Residia nessa metrópole desde dezembro de 1974. Tinha uma vontade imensa de conhecer o Jardim Botânico e até então não havia tido oportunidade.

Num domingo, nublado, fui com alguns amigos da família com quem residi naquela cidade. Tinha 18 anos. Lancei mão de minha inseparável câmara fotográfica e partir para mais uma aventura. Residia no bairro de Ermelindo Matarazzo, zona lesta da capital paulista; o Jardim Botânico ficava no bairro de Água Funda, zona sul. Tive que pegar três ônibus.

O contato com a natureza em meio aquela “selva de pedra” que é a cidade de São Paulo, as árvores nativas, plantas que até aquele momento nunca tinha visto, animais no seu habitat natural... Tudo isso fez com que crescesse ainda mais meu amor pela natureza.

Desse momento “mágico” restou a foto ilustrativa desse texto. Estou com um dos netos da família que me acolheu em São Paulo. Retratando bem a moda daquela época estou de calça “boca de sino” e o sapato estilo “cavalo de aço”. Sempre que olho para a essa foto, esboço um leve sorriso. O tempo passa e os modismos vão se modificando. O que importa é que cada coisa teve sua importância no seu devido tempo...

Recorde seu passado para viver bem o presente, procurando motivar seu futuro. Jamais julgue o passado pelos “conceitos” ou “verdades” do tempo presente. Isso seria anacronismo que resultaria em erros gravíssimos distorcendo seus juízos...
Pense nisso!

[De minha autoria]

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