quinta-feira, 1 de setembro de 2016

À MARGEM DA ESTRADA...


À margem da estrada, lá está
Capela minúscula, magna lembrança
Sinal de uma vida que se foi

De um rosto que deixou de sorrir
De uma voz que não se fez mais ouvir
Dos conselhos que deixou de pedir
Da família, amigos de quem não pôde se despedir

Do último medo, que do existir padeceu
Da última dor, que na vida viveu
Da última sensação de carência que sofreu
Do último gemido, e, para o mundo morreu

Morreu para o mundo, não para os seus
Nasceu, viveu, na história permaneceu
Marcou os caminhos, que por eles percorreu
Deixou-nos no tempo, partiu para Deus

Insistente em ver-te, ansioso eu busquei
Mãe lacrimosa, triste, a encontrei
Com palavras fraternas, a ela consolei
Provisoriedade da vida, natural lei!

À margem da estrada, lá está
Capela minúscula, magna lembrança
Sinal de uma vida que se foi...

[De minha autoria]

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