terça-feira, 25 de julho de 2017

O JOGO DA MULA AZUL



            Nesse final de mês de julho/2017, recebi, pelo WhatsApp, a figura de uma “mula” de cor azul, acompanhada do seguinte texto: Sinistro!!! Mula azul. Esse é o jogo que todo brasileiro é obrigado a jogar até o fim da vida. O jogo consiste em se matar de trabalhar, pagar os impostos mais caros do mundo, sem ter direito à saúde, educação e aposentadoria. E ainda ter que assistir os políticos meterem a mão no dinheiro público e enriquecerem.

            Concordo, em parte! De fato, quem tem vez no Brasil, infelizmente, é quem está no poder. Veja, se o filho de um político estuda em um colégio público, pode até achar algum, mais é difícil; veja quando um adoece, se procura um hospital público; veja o patrimônio de um político e seus familiares ou “laranjas”... é algo fabuloso. Olhe o antes e o depois do mandato eletivo de um político... Por que é que em um período eleitoral há tantas agressões, chegando muitas vezes as “vias de fato” para que alguém possa se eleger?

            Quando digo, concordo em parte com o texto acima é no sentido de que ainda acredito que o eleitor pode mudar o jogo. Basta que o amor dele não seja pelo candidato, mas pela política. Em outras palavras, não pela pessoa, do candidato, mas pelas propostas apresentadas; pela coletividade.

            Estamos nos aproximando de um ano eleitoral, o Brasil, como o mundo inteiro passa por uma grande crise. Precisamos estar atentos ao que vem pela frente.

            Vejamos a situação que o nosso Brasil se encontra. E não é uma situação de agora. Todo problema que estamos enfrentando é consequência da roubalheira que vem acontecendo há vários anos. Prova disso é que a cada momento estoura escândalos e mais escândalos em todos os cantos e recantos do Brasil: nos municípios, estados... e lá em Brasília.

            Renovando a Câmara e o Senado, renovando a presidência teremos a chance de limpar o Brasil, dar a ele um novo rumo. Pelo menos estaremos procurando acertar, saindo do “JOGO DA MULA AZUL”. Ou você prefere continuar nele?

[Pe. José Neto de França]

domingo, 23 de julho de 2017

CADÊ A CRUZ??? QUEM SOUBER, RESPONDA!!!

FOTO, de minha autoria, tirada no dia 12 de abril de 2011 às 7h19, no entroncamento da BR 101, sentido decida da rodovia que vem de Chã do Pilar que sai na BR 101, Maceió/Marechal Deodoro.
Nos dias atuais, nem tudo que aparece na foto pode ser visto.
Os automóveis porque são transitórios;
a flora, porque depende das intempéries do tempo,
ou mesmo da ação humana;
as propagandas estampadas nos outdoors,
por serem temporais, segundo acordos comerciais.
O mais importante que desapareceu foi o crucifixo.
Sem explicação nenhuma, pelo menos que eu tenha conhecimento, foi tirado. É uma pena. Não somente pelo fato de ser  um símbolo religioso para o catolicismo e outras religiões cristãs...
mas por despertar uma motivação
de aviso, atenção especial aos motoristas
Construído de restos de veículos frutos de acidentes
intensificava ainda mais seu significado
atenuando a atenção aos condutores que por lá passavam para que tivessem mais cuidado ao guiarem seus veículos.
Por que foi tirado?
Eu, pessoalmente, nunca soube...
E você sabe?
Se souber, deixe aqui o seu recado!!!
Até parece que em nosso Brasil, quem está no poder, pouco se preocupa conosco, a não ser em períodos de eleições para com seus seus discursos cheios de sofismas baratos e esdrúxulos enganar os trouxas...
Cuidado!!!
A mudança depende de nós.
Não endeusemos os políticos!!! Pensemos na coletividade...
Pense nisso!!!

terça-feira, 18 de julho de 2017

O SER, EM PROCESSO



Fazendo-me um ser, sem jamais ser
Enquanto no tempo permanecer
Construo-me como saga, epopeia utópica
Permeada de paralisias e dinâmicas
Indiferenças e emoções...
Desperto interesses, desinteresses
Elogios, depreciações
Silêncio, falações...
Construo, vivo, quebro paradigmas
Sendo e "não-sendo", me deixo revelar
Sem, no entanto, revelar-me...
E, no limiar do ser e do "não-ser",
Do fazer, "não-fazer"
Do querer, "não-querer"
Do ter, "não-ter"
Dinamizo, motivo, evoluo
O ser em processo
Que "sou", enquanto existir...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O MUNDO, O HOMEM E A FÉ



            Quão grandioso é o cosmo exterior ao homem! Mas, mais grandioso e espetacular é o “cosmo” que existe dentro dele.

            Aves, animais de todas as espécies, florestas, montes e vales, cidades, campos, seres diversos... Do ponto de vista humano, existencial, nada se compara ao mundo interior, ao “eu” existente em cada homem ou mulher, independente da idade, não importando a raça, cultura, cor... Mais grandioso e espetacular é o próprio mundo, nato ao homem, que vai sendo desvelado, a partir de seu refletir e de seu confronto com o mundo exterior.

            O “espetáculo da natureza” existe, por si mesmo, mas não existe se o homem não se der conta de sua existência. Quando este percebe o que há em sua volta, sua imaginação/intelecto dá forma, mensura, gradua a beleza, acolhe, repudia, guarda-o no “arquivo” de sua memória consciente, que depois será rearquivada no “inconsciente”, dependendo da impressão causada no impacto inicial.

Cada ser existente no mundo exterior é como um “gatilho” pronto a ser puxado para que a “arma” - intelecto - dispare e o “existencial” exterior seja percebido pelo interior, passando a existir para este.

De um lado está o homem, sedento de conhecimento querendo, consciente ou mesmo inconscientemente, fazer sua história. Do outro lado está o mundo que fustiga, provoca, desafia esse ser que vai se fazendo...

É uma história entre múltiplos e necessários contraditórios. Múltiplos porque os seres são diversos; contraditórios porque cada ser é único e, em se tratando do homem, este necessita de ser desafiado para que possa se dá conta que existe, é um ser pensante e necessita colocar para fora de si aquilo que está dentro dele: suas potencialidades, aptidões...

Quanto mais ele “se lança” diante das situações que o mundo coloca à sua frente, ou que ele mesmo cria, mais ele reage e interage com o meio, mais ele gradua, refina seu intelecto, “se descobre” como ser inteligível. Toma consciência de sua importância social. Mas isso ainda é pouco.

Do ponto de vista existencial cristão, não basta ele graduar, refinar sua mente. É necessário também saber controlá-la. É aí que é necessária a fé.

Se pela inteligência o homem se dá conta do que está a sua volta, pela fé ele aprende a respeitar a si, ao outro e a própria natureza.

Pela fé ele vai perceber que sua realização como ser não está no que apreende ou deixa de apreender, no que o outro é ou deixa de ser, mas na capacidade de administrar essa interação. Verá ele que o mais importante é buscar no outro o que falta em si e oferecer ao outro o que carece neste.

Assim, ele, o homem, se dá conta de que alicerçado na fé e no refino de sua inteligência, quanto mais se aprofunda na sobrenaturalidade existencial entre os dois mundos, interior e exterior, mas ele se faz, se potencializa, se realiza...


FRANÇA, Pe. José Neto, "Os desafios da fé", 1ª ed; pg 99-100;
SWA Instituto Educacional Ltda, Santana do Ipanema, AL, 2015.