O
Pregador do Retiro, Pe, José Augusto, iniciou a conferência da manhã desse dia,
05/07, dizendo que quem está “a caminho”,
mesmo consciente de que “as noites são
muitas”, não pode se apegar a momentos... O tempo anda à revelia de nossa
vontade.
A
experiência da Palavra é importantíssima. Somos guardiões dela. Aquele que
evangeliza, também é evangelizado; aquele que proclama, também é ouvinte; a
Palavra de quem oferece o caminho, faz com que este caminhe por ela.
Jesus
Cristo glorificado deixa para sua Igreja os sinais de sua presença, os gestos
de seu amor. Após a ressurreição, os discípulos reconhecem-no na “fração do Pão”.
O
Verbo feito carne tornou-se para nós o Verbo feito Pão; sinais de evento e
esperança.
1Jo
5,6 diz: “Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que
veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E
o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade.”. Á
água do batismo não é somente, ou exclusivamente a água do Jordão, mas a água
que jorrou do lado aberto, transpassado de Cristo, na cruz. Somente vivendo a
experiencia de Cristo Eucarístico, participando ativamente desse evento
salvífico podemos dizer como Paulo, “Eu
vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim...” (Gl 2,20a).
O
mistério da fé realiza-se na Eucaristia. Ela, a Eucaristia, é fonte de vida, de
universalidade.
Citando
Bento XVI, Pe. José Augusto falou que nós, com todo nosso ser, temos que ser
adoradores e sacrifício. É função do sacerdote consagrar o mundo para que ele
se torne liturgia...
A
Eucaristia não é um culto estático, mas dinâmico, mistério salvífico, ação... A
liturgia não é algo do lado da realidade do mundo, mas parte do próprio mundo
para que este se torne vivo, litúrgico, hóstia viva...
O
sacerdócio ministerial não pode tomar o lugar do sacerdócio comum (batismal).
Cada qual tem a sua importância dentro do contexto da Igreja. Os dois são
Igreja. Um e outro têm sua importância e deve ser valorizado. Para isso a
iniciação cristã tem que ser levada a sério. É dessa forma que a Igreja se
torna, realmente, viva.
A
indiferença religiosa é uma das consequências da desvalorização da importância do
sacerdócio comum (batismal). A iniciação cristã pode mudar essa mentalidade.
O
batizado é sujeito da experiência. O Padre não celebra só. O batizado celebra
com o Padre. O “todo” da vida pastoral vai depender dessa experiência...
A
Eucaristia é experiência do agir de Deus. Toda ela é abrangente. Ela faz acontecer
o acontecido. Jamais se repete!
O
Sacerdote não pode estar “ausente” da Eucaristia. Ele deve “se imolar” com o Sacrifício
que Cristo oferece. O Sacerdote não é passivo nessa experiência de salvação.
Ele é parte dela.
O
Sacerdote deve ter consciência de sua fraqueza que vai, sim, ser superada pela
grandeza de Cristo que se faz Eucaristia.
O
Bispo e os Sacerdotes são guardiões do testemunho, da santificação e do governo
(pastoreio)...
Encerrando
essa primeira meditação do dia, o pregador sugeriu aos padres presentes fazer a
Lectio Divina do texto de Lc 24,13-35
(os discípulos de Emaús)...
[Pe. José Neto de França]
Texto produzido à partir de minhas anotações na conferência
Nenhum comentário:
Postar um comentário