quarta-feira, 5 de julho de 2017

SEDE MISERICORDIOSOS, COMO TAMBÉM VOSSO PAI É MISERICORDIOSO (Lc 6,36) - Retiro do Clero de Palmeira dos Índios-2017 - UM OLHAR SOBRE A EUCARISTIA - 4ª Conferencia - manhã de 05 de julho de 2017



            O Pregador do Retiro, Pe, José Augusto, iniciou a conferência da manhã desse dia, 05/07, dizendo que quem está “a caminho”, mesmo consciente de que “as noites são muitas”, não pode se apegar a momentos... O tempo anda à revelia de nossa vontade.

            A experiência da Palavra é importantíssima. Somos guardiões dela. Aquele que evangeliza, também é evangelizado; aquele que proclama, também é ouvinte; a Palavra de quem oferece o caminho, faz com que este caminhe por ela.

            Jesus Cristo glorificado deixa para sua Igreja os sinais de sua presença, os gestos de seu amor. Após a ressurreição, os discípulos reconhecem-no na “fração do Pão”.

            O Verbo feito carne tornou-se para nós o Verbo feito Pão; sinais de evento e esperança.

            1Jo 5,6 diz: “Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade.”. Á água do batismo não é somente, ou exclusivamente a água do Jordão, mas a água que jorrou do lado aberto, transpassado de Cristo, na cruz. Somente vivendo a experiencia de Cristo Eucarístico, participando ativamente desse evento salvífico podemos dizer como Paulo, “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim...” (Gl 2,20a).

            O mistério da fé realiza-se na Eucaristia. Ela, a Eucaristia, é fonte de vida, de universalidade.

            Citando Bento XVI, Pe. José Augusto falou que nós, com todo nosso ser, temos que ser adoradores e sacrifício. É função do sacerdote consagrar o mundo para que ele se torne liturgia...

            A Eucaristia não é um culto estático, mas dinâmico, mistério salvífico, ação... A liturgia não é algo do lado da realidade do mundo, mas parte do próprio mundo para que este se torne vivo, litúrgico, hóstia viva...

            O sacerdócio ministerial não pode tomar o lugar do sacerdócio comum (batismal). Cada qual tem a sua importância dentro do contexto da Igreja. Os dois são Igreja. Um e outro têm sua importância e deve ser valorizado. Para isso a iniciação cristã tem que ser levada a sério. É dessa forma que a Igreja se torna, realmente, viva.

            A indiferença religiosa é uma das consequências da desvalorização da importância do sacerdócio comum (batismal). A iniciação cristã pode mudar essa mentalidade.

            O batizado é sujeito da experiência. O Padre não celebra só. O batizado celebra com o Padre. O “todo” da vida pastoral vai depender dessa experiência...

            A Eucaristia é experiência do agir de Deus. Toda ela é abrangente. Ela faz acontecer o acontecido. Jamais se repete!

            O Sacerdote não pode estar “ausente” da Eucaristia. Ele deve “se imolar” com o Sacrifício que Cristo oferece. O Sacerdote não é passivo nessa experiência de salvação. Ele é parte dela.

            O Sacerdote deve ter consciência de sua fraqueza que vai, sim, ser superada pela grandeza de Cristo que se faz Eucaristia.

            O Bispo e os Sacerdotes são guardiões do testemunho, da santificação e do governo (pastoreio)...

            Encerrando essa primeira meditação do dia, o pregador sugeriu aos padres presentes fazer a Lectio Divina do texto de Lc 24,13-35 (os discípulos de Emaús)...

[Pe. José Neto de França]
Texto produzido à partir de minhas anotações na conferência

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