segunda-feira, 3 de julho de 2017

SEDE MISERICORDIOSOS, COMO TAMBÉM VOSSO PAI É MISERICORDIOSO (Lc 6,36) - Retiro do Clero de Palmeira dos Índios-2017 - ABERTURA - 1ª Conferencia - Noite de 03 de junho de 2017




No início da noite do dia 03 de julho de 2017, no Centro de Treinamento Pio XII de Palmeira dos Índios/AL, após a invocação do Espírito Santo e uma breve oração, abrindo o Retiro do Clero de Palmeira dos Índios, cujo tema central é Lc 6,36 “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”, o pregador, o Monsenhor José Augusto Silva Melo, convocou os padres presentes: “Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco...” (Mc 6,31a) afirmando ser esse providencial versículo ao momento vivido por todos os que estão no Retiro. É um momento especial para um encontro pessoal, íntimo com Deus. Reforçou o chamado com Mt 11,28, “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”. Afirmou o pregador: “Precisamos dar uma pausa na correria do dia a dia e reavivar nosso ministério, necessitamos nos motivar para não corrermos o risco de nos desabastecer e ficar pelo meio do caminho...

        O Padre José Augusto, para motivar ainda mais os participantes distribuiu um texto, “Disponíveis como argila”, que fala sobre o homem, feito a imagem e semelhança de Deus à partir da terra, que moldado pelas mãos do oleiro, Deus, foi perdendo as impurezas e, sempre confiante no criador foi deixando-se modelar. Deu-se conta de que ele não era único, pois havia outros vasos, de forma e cores diferentes, mas todos, “conforme sua destinação no mundo”... E todos foram feitos conforme o oleiro queria... O oleiro, conclui o texto, é o “divino, criador e Pai”...

        Entregou também a cada participante uma “estampa”, cópia, da obra de Rembrandt, “A volta do Filho Pródigo”, fazendo uma excepcional interpretação dessa mesma obra.

         O quadro não tem muita luminosidade. O foco principal é colocado no abraço do pai que age com misericórdia e no filho mais novo, que sentiu a necessidade do perdão e deu passos para que ele acontecesse, deixando em segundo plano o irmão mais velho e os empregados.

 A figura do filho maltrapilho, sem cabelos e com um dos pés descalços (ferido?), retrata a humilhação mostrando o este despojado de toda sua dignidade.

As mãos do pai, tem tamanhos e adornos diferentes, simbolizando as figuras materna (direita) e paterna (esquerda). Por um lado, o pai firme e trabalhador, e, ao mesmo tempo, com a ternura e o carinho da mãe.

O filho mais velho, também está na mesma cena, mas em plano diferente, demonstrando que não participa da mesma alegria do Pai, por ter se fechado a misericórdia. A luminosidade no rosto do filho mais velho quer dizer que o apelo a misericórdia foi feito, mas ele fechou-se a ela (plano diferente, capa colada no corpo, mãos também coladas ao corpo).

       Mais ao fundo a figura de duas mulheres, obscuras pela indiferença a grandeza do que acontece tão próximo a elas...

Mas, é o abraço do Pai, que transmitindo todo a ternura do perdão, domina toda a cena e faz a grandiosidade do quadro (O filho com a cabeça encostada no coração do pai, a mão direita como um afago e a esquerda como que a está abençoando; a capa aberta, sinal de acolhida...)

         Por fim, foi sugerido a cada sacerdote, que, independentemente do programa do retiro, escolherem uma hora por dia de retiro para meditar diante do Santíssimo Sacramento...

         Com uma oração foi concluída a abertura desse tempo de graça.

[Pe. José Neto de França]

Texto produzido a partir de minhas anotações durante a conferência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário