No
início da noite do dia 03 de julho de 2017, no Centro de Treinamento Pio XII de
Palmeira dos Índios/AL, após a invocação do Espírito Santo e uma breve oração,
abrindo o Retiro do Clero de Palmeira dos Índios, cujo tema central é Lc 6,36 “Sede misericordiosos, como também vosso Pai
é misericordioso”, o pregador, o Monsenhor José Augusto Silva Melo, convocou
os padres presentes: “Vinde à parte, para
algum lugar deserto, e descansai um pouco...” (Mc 6,31a) afirmando ser esse
providencial versículo ao momento vivido por todos os que estão no Retiro. É um
momento especial para um encontro pessoal, íntimo com Deus. Reforçou o chamado
com Mt 11,28, “Vinde a mim, vós todos que
estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”. Afirmou o pregador: “Precisamos dar uma pausa na correria do dia
a dia e reavivar nosso ministério, necessitamos nos motivar para não corrermos
o risco de nos desabastecer e ficar pelo meio do caminho...”
O
Padre José Augusto, para motivar ainda mais os participantes distribuiu um texto,
“Disponíveis como argila”, que fala sobre o homem, feito a imagem e semelhança
de Deus à partir da terra, que moldado pelas mãos do oleiro, Deus, foi perdendo
as impurezas e, sempre confiante no criador foi deixando-se modelar. Deu-se
conta de que ele não era único, pois havia outros vasos, de forma e cores
diferentes, mas todos, “conforme sua
destinação no mundo”... E todos foram feitos conforme o oleiro queria... O
oleiro, conclui o texto, é o “divino,
criador e Pai”...
Entregou
também a cada participante uma “estampa”, cópia, da obra de Rembrandt, “A volta do Filho Pródigo”, fazendo uma
excepcional interpretação dessa mesma obra.
O quadro não tem muita luminosidade. O
foco principal é colocado no abraço do pai que age com misericórdia e no filho
mais novo, que sentiu a necessidade do perdão e deu passos para que ele
acontecesse, deixando em segundo plano o irmão mais velho e os empregados.
A figura do filho maltrapilho, sem
cabelos e com um dos pés descalços (ferido?), retrata a humilhação mostrando o este
despojado de toda sua dignidade.
As mãos do pai, tem tamanhos e adornos diferentes,
simbolizando as figuras materna (direita) e paterna (esquerda). Por um lado, o
pai firme e trabalhador, e, ao mesmo tempo, com a ternura e o carinho da mãe.
O filho mais velho, também está na mesma
cena, mas em plano diferente, demonstrando que não participa da mesma alegria
do Pai, por ter se fechado a misericórdia. A luminosidade no rosto do filho
mais velho quer dizer que o apelo a misericórdia foi feito, mas ele fechou-se a
ela (plano diferente, capa colada no corpo, mãos também coladas ao corpo).
Mais ao fundo a figura de duas
mulheres, obscuras pela indiferença a grandeza do que acontece tão próximo a
elas...
Mas, é o abraço do Pai, que transmitindo
todo a ternura do perdão, domina toda a cena e faz a grandiosidade do quadro (O
filho com a cabeça encostada no coração do pai, a mão direita como um afago e a
esquerda como que a está abençoando; a capa aberta, sinal de acolhida...)
Por fim, foi sugerido a cada
sacerdote, que, independentemente do programa do retiro, escolherem uma hora
por dia de retiro para meditar diante do Santíssimo Sacramento...
Com uma oração foi concluída a abertura
desse tempo de graça.
[Pe. José Neto de França]
Texto produzido a partir de minhas anotações durante a conferência.
Texto produzido a partir de minhas anotações durante a conferência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário