Assistindo, um dia desses, o filme “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, um dos personagens citou uma frase que me fez dar uma pausa naquele exato momento para refletir um pouco sobre ela: “O medo obriga as pessoas a coisas terríveis!”
Mais que uma frase de efeito, uma
verdade que se não for levada a sério pode provocar uma reviravolta na vida de
qualquer pessoa, visto que ela trata de um sentimento que, sem controle ou
superação, pode nortear o existir do homem levando-o ao caos, tanto do ponto de
vista temporal, como também eterno.
O medo limita, bloqueia, desestimula,
“embota” a inteligência, “cega”, torna o homem “surdo”, faze-o perder o senso
crítico, a capacidade de perseverança no que quer que seja...
Logicamente não falo aqui dos medos
naturais (do quente, do frio, de um animal peçonhento, das más companhias, dos
riscos desnecessários...). Estes são até necessários para que o homem possa
preservar sua própria vida, e a dos outros.
O medo começa a tomar vulto e
influenciar negativamente a vida humana a partir do momento que ele extrapola o
natural (pânico, fobia = medo mórbido). Ultrapassando o natural, deve-se logo
tomar providências para que este seja controlado. E quanto mais cedo, melhor.
O existir humano, naturalmente está
exposto a riscos. Se desde cedo o homem exercitar sua capacidade de
discernimento (bem, mal, natural, sobrenatural...) ele saberá, dentro do grau
alcançado por ele próprio, segundo sua vontade, liberdade, a lidar com suas
coragens, seus medos...
E então? Você se considera uma pessoa
medrosa?
[Pe. José Neto de França]