Última noite da Trezena/Missa. Muita
expectativa para a festa da noite e a do dia seguinte. O pároco local, Pe. José
Neto de França foi o celebrante e pregador. Foram noiteiros os Padrinhos e
Madrinhas da festa, Fazendeiros, Agricultores e Comunidades de Jaramataia,
Campo Alegre, São Pedro, Fazenda Nova e Cágados.
A homilia proferida pelo pregador
foi toda centrada no tema da festa e na liturgia do 11º Domingo do Tempo Comum,
ciclo “C”.
Pe. José Neto
iniciou sua homilia apresentando os três
tipos de comportamentos que devem ser meditados em função da postura do
cristão frente a Jesus. Disse ele: “Debaixo do mesmo teto, à volta da mesma mesa, um fariseu, uma mulher pecadora e Jesus.
Ele, o fariseu, oferece a
casa e a refeição. Ela, uma mulher
pecadora, oferece o coração e a sua fome de amor. Ele, bem comportado, cumpre a Lei e recebe o Profeta(Jesus). Ela, a pecadora, deixa-se amar e
acolhe o Salvador. O fariseu
procura justificar-se pela elevação do seu bom comportamento. É um zeloso
cumpridor da Lei, que espera o prêmio de reconhecimento pelo seu pretensioso
mérito. Ela, bem pelo
contrário, busca a salvação consciente da sua miséria e acreditada no Amor. É
alguém que se deixa amar e desse amor espera o perdão. O fariseu conhece os pecados da mulher mas não sabe que
nenhuma virtude pode substituir o vazio de amor. Ele, espera a justificação
pelas obras da Lei. Ela,
salva-se pela sua fé em Jesus.”
“E Jesus ali está no centro, sentado à mesa
da comunhão. Está ali para abalar a falsa segurança do fariseu e para
reanimar a fragilidade humilde da mulher, com o rosto da misericórdia e as mãos
largas do perdão. Foi esta descoberta do amor que o fariseu não fez,
apegado que estava no rigor da Lei e na suposta justiça das suas obras. Pelo
contrário, a mulher, necessitada de perdão, busca o Amor e porque se deixa amar
descobre o Amor e a Ele se entrega. Tendo descoberto esse Amor de Deus
em Jesus de Nazaré, a pecadora não temeu mais o seu pecado e atirou-se a este
abismo do amor pela força do arrependimento. Porque mais lhe foi perdoado, mais
ama. E é só porque estava certa de ser amada, que ela podia entregar-se na sua
verdade e clamar pela misericórdia. Porque muito amou, porque muito se deixou
amar, porque na sua miséria se abriu ao dom do amor, ela pôde arrepender-se e
ser perdoada. Só na medida em que percebeu e acolheu este amor de Deus em
Jesus, é que ela sentiu que lhe estava aberto um caminho novo, oferecida uma
vida nova, eliminada a distância e próxima a salvação.”
“Está assim
clara a relação entre o amor e o
perdão: sem ter a experiência de ser amado, sem a dimensão do infinito
amor de Deus, o homem não pode esperar o perdão de Deus para si e por isso
nunca se arrependerá verdadeiramente. Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Se eu não posso perdoar, é
porque primeiro ainda não fui capaz de amar. E se vivemos apenas dependentes da
natureza carnal, é-nos mesmo impossível perdoar. Mas se é Cristo que vive em
nós, e se é o seu amor que opera em nós, seremos então capazes de perdoar,
porque já transformados pelo amor de Deus «que me amou e se entregou por
mim»...”
Em
relação a 1ª Leitura, falou de “como David foi colocado diante dessa Palavra.
E, por fim, reconheceu: «Pequei contra o Senhor». Diante de Deus e sua palavra
tudo se esclarece, não temos como fugir da verdade que se desvela a nossa
frente”.
Falando sobre a 2ª Leitura, disse que “Paulo, o Apóstolo, foi estremecido por uma Palavra, que o
chamava a verdade e a abrir-se ao Caminho (Cristo): «Saulo. Saulo, porque me
persegues»? E mudou de vida a ponto de reconhecer que foi em virtude da Lei que
morreu para ela(Lei), a fim de viver para Deus, ou seja, reconheceu que Cristo
é que vivia nele(Paulo)...”
A Trezena/Missa foi encerrada com os agradecimentos,
avisos, o convite para a participação do povo na solenidade do dia seguinte (13/06)
e a bênção sobre os fiéis.
Após a Trezena/Missa foi realizado,
ao lado do antigo colégio paroquial, o tradicional leilão de animais em
benefício da paróquia.
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