No penúltimo dia da Trezena de
preparação para a Festa de Santo Antônio de Pádua de Major Izidoro/AL, o Bispo
de Palmeira dos Índios, Dom Dulcênio Fontes de Matos foi o pregador e
celebrante. O Pe. José Neto concelebrou. Foram noiteiros: Izidorenses
residentes em outras localidades e Comunidades de Cachoeira do Ipanema e
Capelinha..
O Pastor diocesano iniciou a homilia
saudando aos presentes, local e de outras comunidades, e também aqueles
distantes, mas conectados, on-line, com os atos litúrgicos através da rede mundial
de computadores. Na sequência, comparou o período festivo como um verdadeiro “retiro
espiritual”, onde o povo de Deus tem a oportunidade de, ouvindo os celebrantes
pregadores, acolher mensagens de vida para ao retornar para casa, não retornar
como chegou à igreja, mas abastecidos da misericórdia de Deus. “Sempre precisamos mudar, para melhor”,
disse Dom Dulcênio. A partir desse ponto passou sua mensagem embasada nas
leituras da liturgia dominical vigente (11º Domingo, Ano C). Para isso
questionou a assembleia: “Será que Deus
se sente mais feliz com a partilha dos ‘chamados bem comportadinhos’ ou com a
efetuosa efusão dos excluídos e pecadores?”, em resumo, “Será que Deus se sente mais feliz com os
irrepreensíveis ou com os pecadores?” Dom Dulcênio deixou bem claro que Jesus
não tinha medo de pessoas mal afamadas, tanto porquê, Ele veio justamente para
salvar, não para condenar. Jesus estava na casa do fariseu, Simão, considerado ‘irrepreensível’,
e sabendo dessa visita, uma meretriz vai de encontro a Ele. O fariseu não
procedeu o que era de praxe na cultura judaica, ao contrário daquela que por
todos era considerada pecadora que regou os pés de Jesus com suas lágrimas,
enxugou-os com seus cabelos, e além do mais, perfumou-o com rico perfume;
perfume esse adquirido com o dinheiro do pecado. A censura foi imediata por
parte daqueles que se consideravam justos. “Jesus
aponta um mistério profundo que está agindo por trás das aparências: a mulher
pecadora mostrou tanto amor porque encontrou, da parte de Jesus, o perdão. Ela
confiou em Jesus, filho de Deus, o profeta dos profetas. Enquanto o fariseu,
considerado homem de bem, não demonstrou criar vínculo nenhum com Jesus, porque
acreditava que nada tinha a ser perdoado...” afirmou Dom Dulcênio. E arrematou:
“Jesus aproveitava cada situação de
momento para falar, por parábolas, não para que as pessoas achassem bonita sua
fala, mas para passar um ensinamento, entrar, não somente no coração, mas na
alma da pessoa...” “Um devedor a quem
é perdoado muito, encontrará mais abundancia do que ao perdoado pouco. Enquanto
o fariseu continua na tranquilidade, a pecadora encontra a salvação...” “A
maior prova de amor nós encontramos em Jesus crucificado e ressuscitado. É ele
quem nos mostra o caminho para o perdão... E os nossos pecados, só Ele pode
perdoar...
Após os agradecimentos, avisos e
entrega da bandeira da festa aos noiteiros da noite seguinte, a Trezena/Missa
foi encerrada com o hino ao Padroeiro e a bênção solene sobre os fiéis.
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