quarta-feira, 22 de março de 2017

FORMAR OU DEFORMAR?



Dentre os sites que costumeiramente visito buscando me atualizar, estão os sites católicos do Vaticano, CNBB e ZENIT e alguns seculares como Maltanet, Cadaminuto, Gazeta, Terra, UOL, Ig, Globo... Entre as múltiplas opções de notícias nos sites não religiosos, percebo que na maioria deles há muitos destaques para programas chamados de “reality shows” como o BBB, A fazenda...

Fico a imaginar o que se passa na cabeça de seus idealizadores, no objetivo das emissoras que os transmitem, no “juízo” de seus participantes e nas pessoas que perdem tempo com esse lixo televisivo.

Em relação aos idealizadores e as emissoras que os transmitem, sabe-se, pela experiência que na maioria das vezes a preocupação maior não está em formar ou informar o telespectador, mas em “vender” um produto, não importando a qualidade do que se está oferecendo. Fala-se em qualidade, padrão, mas estas atingem somente o “produto a ser vendido”, não o seu conteúdo. Com isso o telespectador fica em segundo plano. Afinal, para os idealizadores e emissoras, o telespectador é visto e tratado apenas e tão somente como um número no universo da estatística. Nada mais!

A conivência entre o idealizadores/emissoras é clara. Se não apela, não interessa; o que importa é o lucro oriundo do produto, não o telespectador/família.

Se o telespectador colocar seu senso crítico em ação, perceberá claramente que não somente tais “reality shows” como também a maioria dos programas, principalmente os passados no “horário nobre”, claramente objetivam destruir o que existe de mais sagrado, a família. O conceito do que constitui a verdadeira família, sua unidade, a fidelidade conjugal, o amor verdadeiro, a capacidade de convivência com o diferente... Tudo é desprezado...

Lendo um texto sobre um dos “reality shows”, na rede mundial, parte dele dizia: “Já que o programa é tão difamado por seu conteúdo apelativo, a emissora parece ter perdido o pudor de ganhar mais audiência com isso. Ao exibir, antes das 11 da noite, cenas de nudez, seios à mostra, pegação sob o edredom e beijo entre mulheres, a ‘emissora’ deixou o ‘programa’ com cara de ‘soft porn’, o pornô leve com fragmentos de romance e humor, ao estilo do best-seller ‘Cinquenta Tons de Cinza’” (http://diversao.terra.com.br/tv/
bbb/espiao-bbb14/blog/2014/01/31/participantes-esquecem-o-pre
mio-de-15-milhao-e-so-pensam-em-sexo-sexo-sexo/) (visualizado aos 31/01/2014).

            O autor foi muito gentil chamando-o de “soft porn”. Chamo-o de pornográfico com todas as letras e significados. Pegou leve também quando afirmou “... a emissora parece ter perdido o pudor de ganhar mais audiência com isso.” Ora, há muito tempo esse pudor foi perdido.

Tais programas do gênero parecem mais um local de “permissividade institucionaliza”.

Já os participantes, desde o início dos programas demonstram um afloramento quase exclusivamente voltado para o sexo genital em sua forma mais banal, vulgar. É como se as “genitálias” dos participantes tivessem trocado de lugar com o cérebro! A sexualidade como um todo (eros, filia e ágape), parte integrante natural da vida humana é totalmente esquecida (isso não dá ibope).

Não se sabe se por ignorância, orientação ou mesmo pela banalização do que é ético/moral, a maioria das relações/afinidades lá dentro giram em torno do sexo genital.

É comum, participantes trocarem “juras de amor” um com o outro e, minutos depois agirem totalmente avessos a essas juras... Percebe-se um total desconhecimento do que seja amor, confundindo este com paixão, e o que é pior, desordenada. A impressão que se dá é de que para eles, só existe uma dimensão na vida humana: o sexo. Esquecem que existe a dimensão familiar, social, espiritual...

            Nada lá dentro é mais importante que o sexo. Citando ainda a mesma matéria do site, conforme seu autor “Os hormônios estão em constante estado de ebulição... Pouco se fala do prêmio de 1,5 milhões de reais. O dinheiro virou detalhe. O foco da maioria na casa é beijar, ficar, transar, se apaixonar. Todo mundo quer pegar tudo mundo”, volto a externar o que penso: simplesmente ridículo! Pena que muitos se deixem levar por esse tipo de programa.

Outra coisa que se nota é o baixíssimo “qi” (quociente de inteligência) dos participantes. Certa vez, numa das “provas” obrigatórias, de um desses “reality shows”, algo foi escondido em um determinado lugar pela produção do programa para que aquele que encontrasse fosse beneficiado. O tempo foi passando e ninguém conseguia encontrar. O próprio apresentador começou a delimitar o espaço. A angústia do apresentador era visível já que o tempo passava e o programa estava chegando ao fim. Chegou ao ponto dele, o apresentador, praticamente dizer onde estava, falando que o objeto estava ao lado de tal lugar... Mesmo assim, quase que não acham. Isso sem contar das perguntas e respostas (cultura inútil) em outras provas...

Quanto aos telespectadores que “investem” nesse tipo de programa, infelizmente são pessoas que vivem mais no imediatismo, sem muita preocupação nos “amanhãs” da vida. Parecem não se dá conta de que o homem e a mulher são produtos do que estão buscando, fazendo, vivendo...

Seria muito proveitoso que o telespectador, particularmente o cristão pensasse mais na direção que quer dá a sua família. O Cristão verdadeiro deve conscientizar-se que é anticristão e imoral qualquer modelo diferente do modelo de família onde o respeito um pelo outro, a verdade, a unidade e o amor, extensão do amor de Deus prevaleça.

Seja esperto (a)! Não colabore para a destruição de sua família! Ela é seu bem existencial mais precioso!

Você é quem decide que tipo de programa entra em sua casa. Você é o principal responsável pelo comportamento dos membros de sua família.

Pense nisso!

                                                                                                   [De minha autoria]

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