Diz-se do verbo transitivo, aquele de sentido
incompleto, portanto que pede algum objeto ao qual remete a ação. E pode ser
direto (quem?; o que?), ou indireto (a que? De que? Para que? A quem? De quem? Para
quem?... – Indiretamente ligado ao verbo por uma preposição).
Já o verbo intransitivo é aquele que não pede
objeto. A ação dele não requer outro elemento. Mesmo quando acompanhado de
adjuntos adverbiais, continua intransitivo.
Do ponto de vista da gramática, o verbo amar é um
verbo transitivo direto. Quem ama, ama a alguém.
Mas, minha intenção nesse artigo não é discutir
gramática, e sim, falar do verbo amar, não no seu sentido gramatical, nem mesmo
no verbalizar um sentimento, mas no amar existencialmente.
Muito bem! Arrisco-me contradizer a gramática de que
o verbo amar, quando vivido verdadeiramente de forma intensa, mas sem
extremismo entre os humanos, pode-se chama-lo de transitivo e intransitivo. Transitivo
porque quem ama, ama a alguém. Intransitivo porque para que alguém possa amar o
outro, é necessário que ame a si mesmo. Ninguém dá ao outro o que não possui.
Em outras palavras eu tenho que ter amor por mim
mesmo, com todos os meus defeitos e qualidades que possuo. Num primeiro momento
o complemento sou eu mesmo. Se não me respeito, não terei respeito pelo
outro; se não me oriento, não serei capaz de orientar o outro... Se não me
amo, serei incapaz de amar quem quer que seja.
Muitos confundem amor com paixão. Fala-se tanto em
amor quando na realidade a maioria nem tem noção do que está falando. Tanto é
que pouco tempo depois, esse “amor” é esquecido, esvaído e o “amado” é
banalmente trocado por outro.
Quando se vê o outro como objeto, há somente paixão;
sentimento perigoso já que dele pode brotar ciúmes, ódio, violência, sensação doentia
de posse... E que pode acabar a qualquer momento, ou mesmo quando a “euforia”
passar...
Quanto ao amor, este sim, por ser fruto do “ver o
outro como uma extensão de si mesmo”, é duradouro, respeitoso...
Pense nisso!!!
[De minha autoria]
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