Desde
que comecei a me “entender de ser gente”, sentir que o termo “amadurecer” não
está associado, exclusivamente, a idade de alguém.
Naquelas festas de debutantes que de
alguma forma participei, ao longo de minha vida, percebia que essa “tradição”
ocidental não passava de um ato puramente social, onde a garota que “deixou de
ser menina” para “ingressar na sociedade” como uma moça, nem sempre era de fato
uma jovem moça, mas uma adolescente totalmente imatura protagonizando um papel
que não fazia parte do ato da vida dela, pelo menos naquele momento.
Maturidade é consequente da
capacidade de assumir responsabilidade, independente do gênero humano. E não se
pode dizer também que uma pessoa possa ser madura ou imatura totalmente. Diz-se
sim, que alguém tem um certo grau de maturidade.
Pode-se dizer que alguém vai
demonstrando uma maturidade ascendente quando vai se capacitando nas tomadas de
decisões na sua vida; quando vai deixando que o seu senso crítico vá superando
o seu senso comum; perceba os acontecimentos a sua volta com mais clareza;
enxergue o outro, independente de quem seja o outro, não como um adversário,
mas como uma extensão de si mesmo; vá desejando ao outro o que deseja para si
mesmo; vá aprendendo a andar, pensar, planejar, decidir por si mesmo e não, necessariamente,
pela cabeça dos outros; seja capaz de renunciar a “valores” até, então,
considerados importantes, como meta para chegar a valores mais altos...
Por outro lado, percebe-se um baixo grau
de maturidade (imaturidade?), naquelas pessoas que “limitam” extremamente seu
mundo; vivem mais em função do que os outros pensam; preferem o senso comum ao
senso crítico; prendem-se demasiadamente ao hoje, comprometendo o seu futuro
(se é que pensem em futuro); demonstram certa dificuldade de cumprir normas, metas...
Importa saber que qualquer pessoa
pode alcança um excelente grau de maturidade. Basta querer; dar passos; superar
sua própria inércia natural e começar a fazer com que o que estava oculto aos
limites de seus sentidos naturais, presos ao senso comum, abram-se ao senso crítico;
saia das sombras da “caverna” para o “clarão” desse mundo real...
Pense nisso!!!
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