A partir do momento que entramos na linha do tempo e do espaço, começa a nossa história... Seremos o que procurarmos ser... Nem mais e nem menos...
Nossas opções, decisões faz-nos o que somos...
Certamente, para onde vou, está condicionado a tudo isso...
Esse sou eu!
Sou aquilo que sou
MEU “PRIMEIRO”
REGISTRO EM FOTOGRAFIA
Lembro-me do dia que foi tirada essa
primeira foto (07 anos). Na verdade a pessoa protagonista da foto não era eu,
mas minha irmã Gerusa, na época casada a poucos meses, grávida de seu primeiro
filho, Janinho (que foi assassinado quando ia fazer 21 anos).
O local escolhido foi o quintal da
primeira casa que meus pais moraram, mais exatamente na Rua da “Poeira”, atual
Delmiro Gouveia, Bairro da Camoxinga, no lado principal da cidade de Santana do
Ipanema. O rio Ipanema cortava a cidade dividindo-a em dois lados: o Bairro da
Floresta, onde morei anteriormente e o principal que tinha basicamente dois
bairros, o “Monumento”, considerado o mais “nobre” onde ficava o comércio e a
Igreja Matriz e a “Camoxinga”. Entre os dois passava o “riacho da Camoxinga”
que desaguava no rio Ipanema e sobre o qual havia uma pequena ponte chamada de “ponte
do Padre”, isso porque no início da ponte, no sentido de quem ia ao comércio,
ficava o casarão (que hoje não mais existe) que pertenceu ao Pe. Bulhões...
O retratista foi tio Ireno, irmão de
minha mãe. Ele tinha a profissão de fotógrafo. Minha irmã, Gerusa, como já
afirmei, estava grávida e queria registrar para a posteridade aquele momento
mágico que toda mulher vive ao esperar um filho. Não era foto em papel cartão,
mas “foto de binóculo”. Esse tipo de fotografia era comum no meu tempo de infância.
Tratava-se da foto impressa em uma parte do "negativo" do filme, e que,
inserido na parte branca e depois no visor do “binóculo”, a pessoa conseguia
ver a foto quando olhasse para a luz.
Minha irmã Auta, um ano a mais que
eu, e eu, como quem não queria nada querendo, nos escondemos por trás de Gerusa
e no momento exato do “clique” da câmara fotográfica de meu tio, nos levantamos,
aparecemos do lado de seu ombro direito, e “pá”. Fomos também registrados para
a posteridade.
Na hora minha irmã, Gerusa, nem
imaginou que sairíamos na fotografia. Tio Ireno deve ter percebido mas deixou
para fazer a surpresa quase um mês depois quando entregou a foto.
Gerusa reclamou dos “penetras” na
foto, mas se não fosse a traquinagem de Auta e de mim, não teríamos esse
registro hoje.
Há uns dez anos, achei a “foto de
binóculo” original entre outras antigas e mandei passar para “papel cartão”. Depois
recortei apenas a parte que me interessava e, para não perder, digitalizei. O
resultado está no início dessa série de fotografias...
Tempos bons que não morrem jamais...
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