sábado, 18 de fevereiro de 2017

NORDESTE BRASILEIRO: EFEITOS DA SECA XII – FAUNA E FLORA AGONIZAM



            No final da tarde de 18 de fevereiro de 2017, à margem da estrada, retornando das missas que celebrei nas comunidades de Lagoa Cercada e Bezerra, observava a paisagem despida de mais de 95% da flora, e igualmente da fauna, quando vi esse “amontoado” de árvores e arbustos, também despidas de suas “roupas” mais belas (folhagens), devido à grande seca por que passa a região nordeste; senti um aperto no coração.

            Num primeiro plano, elas, as árvores, tão perseguidas devastadoramente pelo homem, que, a qualquer custo, querem sua morte, tentam resistir ao verão prolongado, mesmo no risco iminente de morte súbita consequente do homem com seus machados, facões e foices. Seus galhos e pequenos ramos se erguem em direção aos céus como a clamar a Deus pela chuva para poderem sobreviver. Também para que o mesmo Deus dê juízo ao homem para que ele respeite a natureza!

            Num segundo plano, uma porção de nuvens carregadas como que “a observá-las” do alto dos céus, esperando não o tempo da flora e da fauna, mas o tempo de Deus, para que esse envie o precioso líquido que irá fazer com que, não somente as árvores e arbustos se vistam novamente, escondendo sua nudez, mas também o que restou da fauna ganhe sobrevida, além do homem para que possa receber ar de qualidade para que respire e a água, precioso líquido que lhe dá vida nova.

            Fauna e flora agonizam... E o homem? O que está fazendo para defendê-las? Afinal, se elas forem extintas, o homem também será. A vida delas é a vida do homem; a recíproca não é verdadeira. Isto é, elas conseguiriam sobreviver sem o homem. Já o homem não tem como sobreviver sem elas.

            O Nordeste brasileiro pede socorro!

[De minha autoria]

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