No final da tarde de 18 de fevereiro
de 2017, à margem da estrada, retornando das missas que celebrei nas comunidades
de Lagoa Cercada e Bezerra, observava a paisagem despida de mais de 95% da
flora, e igualmente da fauna, quando vi esse “amontoado” de árvores e arbustos,
também despidas de suas “roupas” mais belas (folhagens), devido à grande seca
por que passa a região nordeste; senti um aperto no coração.
Num primeiro plano, elas, as
árvores, tão perseguidas devastadoramente pelo homem, que, a qualquer custo,
querem sua morte, tentam resistir ao verão prolongado, mesmo no risco iminente
de morte súbita consequente do homem com seus machados, facões e foices. Seus
galhos e pequenos ramos se erguem em direção aos céus como a clamar a Deus pela
chuva para poderem sobreviver. Também para que o mesmo Deus dê juízo ao homem
para que ele respeite a natureza!
Num segundo plano, uma porção de nuvens
carregadas como que “a observá-las” do alto dos céus, esperando não o tempo da flora
e da fauna, mas o tempo de Deus, para que esse envie o precioso líquido que irá
fazer com que, não somente as árvores e arbustos se vistam novamente,
escondendo sua nudez, mas também o que restou da fauna ganhe sobrevida, além do
homem para que possa receber ar de qualidade para que respire e a água,
precioso líquido que lhe dá vida nova.
Fauna e flora agonizam... E o homem? O
que está fazendo para defendê-las? Afinal, se elas forem extintas, o homem também será.
A vida delas é a vida do homem; a recíproca não é verdadeira. Isto é, elas
conseguiriam sobreviver sem o homem. Já o homem não tem como sobreviver sem
elas.
O Nordeste brasileiro pede socorro!
[De minha autoria]
Nenhum comentário:
Postar um comentário